o tempo serpenteia doente. sob as pálpebras e por entre as entranhas do delírio adormecido eu mato-os, um a um, por via de outros. levo-os-outros ao banco dos réus instantes antes de acordar submersa no remorso e na culpa e, doutor?, é possível adormecer sem dormir?
o tempo serpenteia doente. cheira a jeu d’amour a pele de uma defunta na hora do abraço hipócrita.
o tempo serpenteia doente. cheira a jeu d’amour a pele de uma defunta na hora do abraço hipócrita.
mas eu amo a cria órfã.
olho-me e olham-me.
colisão viperina.
um espelho reflete olhos familiares que envenenam e questões laminadas fazem jorrar críticas íntimas, porque sou uma casa e toda eu uma família. de um ângulo morto consigo ler as linhas da mão ou sei-as de cor
talvez a minha voz seja marulho e eles pessoas-felinos.
repilo-os.
divorcio-me ou visto de negro.
1 comment:
O tempo está sempre doente, embora a isso se negue.
Ser-se sempre uma casa para dormir sem culpas.
Han, um abraço dos nossos.
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