quem sou? não recordo quem afastou as cortinas e abriu as janelas nem quando reparei no pássaro suspenso, tento chamá-lo mas engasgo num uivo, o pássaro sobressalta-se e não o encontro mais, o pássaro. são-me anónimos quem não distingo. o chá gela, ou as pontas dos dedos e depois todo o corpo enquanto tento recordar com quem me confundi.
uma buzinadela ao fundo da rua, era um hábito do avô mas o avô já não está, nem tu. quero voar também, suspender o tempo, a alcateia morta aos meus pés e finjo que não é loucura nem suicídio.
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