recolhi as entranhas dos escombros homónimos e sai do gabinete, últimas imagens num hotel em Los Angeles imagino. mas é só o porto e ele à porta à espera, o coração mal arrumado salta fora. beijo-o, a adrenalina nos poros e nas pontas dos dedos e no terror. viajamos para fugir de algo mas acabamos sempre aqui. coabito este casulo, meio despida, rego as plantas antes de deitar.
quero molhar os pés no mar, digo-lhe.
de noite?
quando não me vejo.
não fomos ao cais não morremos hoje estamos internados ninguém para cuidar de nós, apenas a chuva num vídeo. arrumo melhor o coração, na cavidade com espaço suficiente para bater e fazer barulho. ouves? mas ele já falecido nos flancos. tenho um medo súbito de ficar só comigo mesma, atemorizam-me os estranhos. estou tão longe do mar, por isso choro. na manhã seguinte dois corpos que não dão à costa.
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